Como todo assunto polêmico, o conflito entre o feminino e o feminismo gera opiniões diferentes. “A feminilidade está na essência de cada mulher, cada uma tem o seu estilo, gosto e personalidade. Cada situação pede um tipo de mulher, existe a mulher mãe, a mulher esposa, a mulher profissional e todas tem o seu ar delicado e feminino de ser; assim como os homens (pai, marido e profissional)”, diz Silmar Coelho, doutor em psicologia.
O estudioso defende o reflexo positivo da história: “A mulher evoluiu, modernizou-se, tornou-se independente e tornaram-se grandes executivas e diretoras de grandes empresas. Com isso, o seu comportamento também mudou positivamente, ou seja, as mulheres hoje não são mais retraídas e não tem medo de ser feliz”.
Já para a terapeuta e escritora Regina Navarro Lins, uma mulher feminista nunca deixa de ser feminina. “Essa afirmação só pode ser feita por pessoas desinformadas que ignoram totalmente o que a mulher sofreu durante cinco mil anos, desde que o sistema patriarcal se instalou. Não concordo com uma palavra do livro Mulher sem Culpa. Felizmente, obras como essa não ofuscam a realidade de que as mudanças são irreversíveis. As novas gerações, filhos e filhas dos autores da Revolução Sexual e do movimento feminista demonstram, de forma inequívoca, que nada será como antes. A mulher pode ser feminina e capaz, sempre”.